quarta-feira, 19 de maio de 2010

CATI e BANCO MUNDIAL SE REUNEM EM IACANGA










Objetivo do encontro foi conhecer experiências de sucesso no Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas

Nesta quarta-feira, 19, na sede da Associação dos Produtores Rurais de Iacanga - APRI, Juergen Voegelle, Ethel Sennhauser, Mark Lundell, Fionna Douglas e Jyoth Shukla, todos representantes do Banco Mundial, se reuniram com o coordenador da CATI, José Luiz Fontes, técnicos da CATI, agricultores e lideranças regionais para conhecer de perto os resultados do Programa de Microbacias Hidrográficas I e ouvir a opinião dos produtores sobre as principais dificuldades enfrentadas, principalmente, no beneficiamento, seleção e transporte da produção.

O diretor da CATI Regional Avaré, Eliseu Aires de Melo, João Fidelis, presidente da Federação das Associações de Produtores Rurais das Microbacias Hidrográficas do Estado de São Paulo - FAMHESP e os produtores rurais João Rocha (ASCAFÉ - Itaí/SP) e Elvis (APROBAN - Coronel Macedo/SP), marcaram presença no evento, bem como produtores rurais da região de Bauru, Marília e Avaré.

Durante o evento, que contou com a presença do prefeito Ismael Boiani e do secretário adjunto Antonio Junqueira, que representou o secretário João Sampaio, Fontes destacou o trabalho da APRI e falou da importância da realização do Programa de Microbacias II - Acesso ao Mercado no Estado de São Paulo, apontando que na próxima semana a direção do Banco Mundial deve aprovar o acordo de empréstimo, que terá mais foco em agregação de valor e comercialização.

Juergen Voegelle relatou que o Banco Mundial, só no ano passado, apoiou em todo mundo programas na área do agronegócio com investimentos de mais de 6 bilhões de doláres e apontou que é fundamental que os produtores rurais se organizem e trabalhem associados em cooperativs e associações para enfrentar as variações do mercado.

Voegelle disse ainda que para lidar com a variação de preços é importante criar seguro de mercado e outros instrumentos. "Já estamos pensando numa futura terceira fase do programa, onde vamos buscar novas estratégias para equilibrar e proteger o pequeno produtor das extremas variações de preços no mercado internacional", apontou Juergen Voegelle.

Antonio Junqueira afirmou que o Programa de Microbacias Hidrográficas é um programa vencedor e destacou a parceria com o Banco Mundial. Junqueira disse que o governo de São Paulo e a SAA tem interesse em firmar uma parceria no setor de seguro de renda ao produtor rural. "Precisamos eleger candidatos que defendam a agricultura e criar uma frente parlamentar da agricultura paulista", destacou o secretário adjunto.

João Fidelis, presidente da FAMHESP, reivindicou durante a reunião que no Microbacias II aquele agricultor que não está inserido na área geográfica da microbacia, seja também beneficiado pelo programa. Fidelis ressaltou que todo pequeno agricultor, se quiser ter sucesso na atividade, terá que agir como um pequeno empresário e ser capacitado em gestão e planejamento.

Respondendo Fidelis, Fontes disse que no Microbacias II os beneficiários do programa serão associações,cooperativas ou grupos de produtores rurais, independente de se estar dentro ou fora da microbacia, onde a CATI através do PEMH II vai apoiar iniciativas de negócios que vão gerar renda aos seus agricultores.

Emocionada, a agricultora Dona Conceição, vice-presidente da APRI, destacou o empenho dos técnicos da CATI pelo apoio aos pequenos agricultores. Ela relatou ainda as dificuldades da olericultura e da cadeia produtiva do leite e pediu apoio da CATI e do Banco Mundial para que o pequeno produtor possa continuar produzindo e melhorem de vida.

Na seqüência, Maria Paula de Sampaio Ferraz, presidente da PARE - Produtores Associados de Reginópolis e Região, relatou o desenvolvimento da olericultura em ambiente protegido. Segundo ela, 95% dos associados são agricultores familiares e a PARE abrange nove municípios, com destaque para a produção de pimentão colorido, com 280 toneladas/mês, gerando um movimento de mais de 6 milhões de reais/ano.

Em seguida, usaram a palavra Edval Rodrigues, presidente da Associação dos Produtores Rurais de Macatuba e Japão Bassetto, presidente da Associação dos Produtores Rurais de Pratânia. Sobre a inspeção dos produtos de origem animal, que é um fator limitante para os pequenos produtores agreguem valor, Fontes disse que a idéia é fazer um estudo profundo desta questão e propor alteração na legislação para que resolva este problema definitivamente.

Finalizando, João Brunelli, em relação aos incentivos do Microbacias II, as organizações de produtores rurais vão apresentar propostas de negócios, projetos que agreguem valor ao que é produzido. "Tudo que venha agregar valor para que as associações possam vender melhor seus produtos no mercado, é o que o programa vai financiar", explicou Brunelli.

Fonte: CATI Regional Avaré

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