quarta-feira, 5 de maio de 2010

CATI orienta agricultores a conservar o solo






A conservação do solo é fundamental para aumentarmos a produção agrícola no Estado de São Paulo

No último dia 3 de maio comemorou-se o Dia Nacional do Solo. Infelizmente, muitos agricultores e mesmo alguns técnicos não dão o devido valor à terra onde pisam, plantam e colhem os frutos do seu suor, de seu trabalho.

Assim, muitas toneladas de solo fértil do Brasil são perdidas pela ação da erosão, da falta de manejo adequado e do uso incorreto de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas, bem como do uso de técnicas inadequadas para o preparo do solo para o plantio.

A CATI, como órgão de assistência técnica e extensão rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo(SAA), através de suas 594 Casas da Agricultura em todas as regiões do interior do Estado de São Paulo tem um papel fundamental na conservação, preservação e manutenção da fertilidade do solo paulista, orientando os agricultores sobre as melhores práticas conservacionistas para cada tipo de situação.

"Nunca é demais lembrarmos que as práticas de conservação de solo também protegem e conservam as águas e o meio ambiente, mantendo assim a fertilidade e boas condições físicas, químicas e biológicas do solo para o bom desenvolvimento das plantas', explica o engenheiro agrônomo e chefe da Casa da Agricultura de Avaré, Rui Ferreira.

O agronômo ressalta que a Casa da Agricultura de Avaré orienta e apóia os agricultores através do engenheiro agrônomo Euvaldo Neves Pereira Junior e dos técnicos Waldemar Pancionne, Paulo Barone, José Roberto por meio da demarcação e construção de curvas em nível, terraceamento, bigodes, caixas de contenção, faixas de contenção, amostragem de solo, adubação verde, plantio direto, recuperação da mata ciliar e adequação de estradas rurais.

O gestor de agronegócio da Casa da Agricultura de Avaré, Fernando Franco, aponta que a SAA apóia os municípios na adequação e conservação das estradas rurais através do Programa Melhor Caminho, realizado pela Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - CODASP e instituído pelo Decreto 41.721/97 e pela Lei 6.171/88.

Franco explica que em Avaré, o agronegócio está sendo impulsionado pela instalação de novos pomares de laranja e grandes plantios de cana-de-açúcar e eucalipto, alterando significativamente a paisagem e a movimentação nas principais estradas rurais com a presença de caminhões e máquinas pesadas.

O gestor de agronegócio diz que para melhorar esse tráfego, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Avaré - CMDR Avaré, juntamente com a CATI Regional Avaré, Secretaria Municipal de Agricultura e a Casa da Agricultura de Avaré, com apoio da Câmara de Vereadores de Avaré e da Prefeitura, fizeram aprovar a Lei das Estradas Rurais, importante instrumento para a manutenção dos mais de 1.250 Km de estradas de terra de Avaré, beneficiando o escoamento das safras e a mobilidade dos moradores da zona rural avareense.

LIVRO - Fernando Franco indica o Manual 78 - Manutenção e Conservação das Estradas Rurais, publicado pela CATI em dezembro de 2007 e organizado pelos técnicos Rabello, Murakami, Guimarães e Heleno, com a colaboração de Stivari, Minguili, Cézario, Commar, Oliveira, Mendes, Souza, Casagrande, Pin, Rech, Rosa, Lima, Santini, Tada, Paggiaro, Andrade, Alves, Leite, Dias, Pavão, Demarchi, Shinohara, Moura, Frederico, Interliche, Kondo, Santos e Hipólito.

A obra traz orientações sobre abaulamento, abatimento e reconformação dos taludes, drenagem, terraço ou bigode, caixas de retenção de água, valas de escoamento, tipos de revestimentos da pista de rolamento, proteção vegetal, etc. O manual traz ainda soluções para os principais problemas encontrados em estradas rurais como: pista escorregadia, erosão lateral, buracos, formação de "costela de vaca", acúmulo de água, perda de agregados, excesso de poeira, afloramento de rocha, formação de areões, formação de atoleiros e afloramento do lençól freático, entupimento de bueiros e tubulação e invasão de ervas daninhas e arbustos na estrada.

Fonte: Senhor F & Associados

Legendas: trabalhos de conservação do solo em Avaré/SP

MICROBACIA É DESTAQUE NA AGRISHOW



Maquete do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas chamou atenção dos visitantes

Um dos destaques do estande da CATI na Agrishow foi, justamente, a maquete viva do Programa Estadual de Microbacias Hidrográficas – PEMH II – Acesso ao Mercado. Especialmente confeccionada para o evento, a maquete chamou atenção do público que visitou a feira.

Elaborada pelos técnicos da CATI, a maquete reproduz o “funcionamento” de uma microbacia hidrográfica. Devido à fidelidade aos detalhes na reprodução, a maquete viva gerou muita curiosidade entre os produtores rurais, estudantes de agronomia e visitantes.

De acordo com o engenheiro agrônomo José Luis Fontes, coordenador da CATI, a microbacia hidrográfica é a unidade de intervenção e análise, “onde o PEMH busca introduzir um novo modelo de desenvolvimento sócio-econômico, melhorando o nível de renda dos produtores rurais e as condições do meio ambiente, promovendo a organização social, que garantirá a melhoria da qualidade de vida das comunidades rurais”, explica Fontes (in Manejo de Microbacias Hidrográficas: experiências nacionais e internacionais, FEPAF, 2006, Botucatu, Bucci & Rodrigues, organizadores).

Segundo o engenheiro agrônomo João Brunelli Junior, responsável pela equipe de preparação do projeto, o Microbacias II – Acesso ao Mercado – tem como objetivo promover o desenvolvimento rural sustentável do Estado de São Paulo através da implantação de sistemas de produção agropecuária que garantam a sustentabilidade sócio-econômica e ambiental, com plena participação e envolvimento de toda a comunidade rural, visando à geração de emprego e renda nas pequenas e médias propriedades rurais. “O projeto consiste no apoio às associações e cooperativas de produtores rurais para que eles possam ter melhor posicionamento junto ao mercado. A meta para os próximos cinco anos é apoiar aproximadamente 300 organizações de produtores em negócios”, enfatiza Brunelli.

Para o diretor da CATI Regional Avaré, Eliseu Aires de Melo, o PEMH surgiu da necessidade de se reverter o quadro negativo gerado pelo modelo de desenvolvimento rural preconizado nas últimas décadas, em que o uso excessivo de insumos químicos (agrotóxicos) e tração motomecanizada causa intenso processo de erosão, compactação e contaminação química dos solos, dos produtores e dos próprios produtos agrícolas, além de reduzir a cobertura florestal e degradar os recursos hídricos. “Neste sentido, a CATI buscou durante a execução do Microbacias I conscientizar o produtor rural sobre o manejo integrado dos recursos naturais, o fortalecimento das organizações de produtores rurais, a gestão da propriedade familiar e a geração de emprego e renda. Agora, no Microbacias II, a CATI tem a missão de apoiar o fortalecimento do agronegócio do pequeno produtor e do agricultor familiar”, explica Aires.

Fonte: Senhor F & Associados

Legendas:

Agrishow2010 (216) – Microbacia: modelo de sustentabilidade sócio-econômica e ambiental