sexta-feira, 28 de maio de 2010

PARQUE AQUÍCOLA DE JURUMIRIM



O Ministério da Pesca e Aquicultura - MPA, através do Grupo Integrado de Aquicultura e Estudos Ambientais - GIA, de Aracaju/SE, deu início aos estudos para a implantação dos Parques nos reservatórios do rio Paranapanema.

O trabalho começa pela represa da UHE Jurumirim e vai abranger os reservatórios das UHEs Piraju, Chavantes, Salto Grande, Canoas I e II, Capivara, Taquaruçu e Rosana, totalizando aproximadamente 1.790 Km2.

Na quinta-feira, 27, na sede da Associação Defensores da Represa de Jurumirim - ADERJ, em Avaré, o biólogo Dennis Saridakis e o formando em zootecnia Ayrton Pacheco, ambos técnicos do GIA e ligados à Universidade Federal do Paraná - UFPR, fizeram uma explanação do projeto de demarcação dos parques aquícolas e a metodologia a ser usada pela equipe no levantamento dos dados.

Participaram da reunião membros da ADERJ, representantes da CATI Regional Avaré e da COOMAPEIXE e da MAPFlora. Recentemente, na Câmara de Vereadores de Taquarituba, durante assembléia do CONSAD Sudoeste Paulista, os técnicos do GIA e do MPA apresentaram o projeto para piscicultores artesanais, aquicultores, cooperativas, técnicos da CATI e representantes de prefeituras e órgãos públicos.

Segundo o biólogo Dennis Saridakis, nesta etapa a intenção é realizar um amplo e completo levantamento preliminar como aspectos da localização, Unidades de Conservação -UCs, bacias hidrográficas, legislação, fomentos à aquicultura,tráfego aquaviário, uso e ocupação do solo, infra-estrutura regional, qualidade da água, influência antrópicas, vegetação, hidrologia, usos dos recursos hídricos, etc. "Por isso é importante a participação dos diversos atores sociais, com sua base de dados. Só assim poderemos apresentar um estudo que beneficie a todos", explica Saridakis.

Ayrton Pacheco ressaltou que todas informações coletadas serão trabalhadas e estruturadas em um sistema de informações geográficas que vai gerar mapas, gráficos, estatísticas e dados que vão permitir ao MPA a identificação, delimitação e o zoneamento de áreas aquicolas propicias para o cultivo de espécies aquática ao longo da bacia do rio Paranapanema nos Estados de São Paulo e Paraná. "Além disso, estes estudos vão permitir um ordenamento e subsidios ao MPA para a gestão ideal dos projetos de aquicultura na região", aponta Ayrton.

Para o biólogo Fernando Franco, presidente da COOMAPEIXE - Cooperativa dos Piscicultores do Médio e Alto Paranapanema, a demarcação dos parques aquícolas na bacia do Paranapanema está sendo possível graças ao empenho do ministro Altemir Gregolin, do MPA e da luta dos aquicultores, pescadores artesanais e pequenos piscicultores. "Entendo que após a demarcação dos parques aquícolas o MPA deveria fazer uma grande parceria com a Secretaria da Agricultura e Abastecimenteo de São Paulo, através do Instituto de Pesca e da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios - APTA, para capacitação e treinamento dos técnicos da CATI e, posteriormente, dos pequenos produtores rurais e agricultores familiares interessados em investir neste importante agronegócio", sugere Franco.

O veterinário Paulo Tamassia, assistente agropecuário da CATI Regional Avaré, aponta o grande potencial da represa de Jurumirim para a produção de peixes em tanque-rede e destaca que a capacitação dos técnicos das Casas da Agricultura dos municípios banhados pela represa é fundamental para que os produtores tenham suporte de qualidade na assistência técnica e extensão rural.

O engenheiro agrônomo Roberto Leitão, da Casa da Agricultura de Arandu, destacou o potencial do município no setor e informou que a associação de agricultores familiares AgroFaria, do bairro Ribeirão Preto, deve implantar aproximadamente 200 tanques-rede para a produção de tilápias, gerando renda e trabalho naquela região.


Mais informações:
www.forumtanquerede.com.br

Fonte: CATI Regional Avaré

Legendas:

Dennis Saridakis durante apresentação do projeto na ADERJ
Participantes da reunião em Avaré/SP