quinta-feira, 17 de março de 2011

Rizicultores falam sobre a cultura de arroz









Para o rizicultor Geert Petrus Van Den Broek,dono da Fazenda Taquari, em Paranapanema-SP, o evento realizado pela CATI é muito interessante e permite que o produtor rural conheça novas cultivares mais adaptadas ao clima e solo da região, com maior potencial de produtividade por área e aceitabilidade pelo mercado consumidor.

Geert disse que é viável investir em novas cultivares que vão bem irrigado sob pivô central. Por isso, o trabalho da CATI em parceria com a indústria e os rizicultores é fundamental para a melhoria do setor. Geraldo Broek, como é conhecido o descendente de holandês, acredita que o mercado de arroz no Estado de São Paulo deve melhorar.

O rizicultor de Paranapenama-SP, que é ligado à Cooperativa Agroindustrial Holambra,
a cultivar mais plantada na região é o IAC 202, cuja produtividade gira em torno de 6.500 a 7.000 Kg por hectares, com boa qualidade de grão.

Van Den Broek aponta que os ensaios da CATI é uma ferramenta importante para que o setor encontre novas cultivares de arroz adaptadas para as mais diversas condições edafoclimáticas. "O mercado está comprador, apesar de que há dois anos atrás o preço estava melhor. Esse ano está menos. Mas isso é normal da oscilação do mercado", apontou.

O rizicultor parceiro da CATI, Flávio Broek, que planta arroz em Cerqueira César na Fazenda Santa Nélia,disse que usa muito a cultivar IAC 202, mas tem feito testes com o IRGA 417. Segundo ele, a necessidade hídrica do IRGA 417 é maior que o IAC 202, apesar da qualidade de grão do IRGA 417 ser maior. "No entanto,o IAC 202 deve ter um resultado melhor em termos de produtividade. Vamos avaliar tudo", disse.

Flávio aponta que tanto o IAC 202 quanto o IRGA 417 são resistentes às pragas e doenças. Mas ele ressalta que faz a prevenção das principais doenças com apenas duas aplicações de fungicidas e até agora não registrou nenhum problema na qualidade e na produtividade da cultura, em termos de danos econômicos.

Sobre o mercado, Flávio vê boas perspectivas aos rizicultores paulistas. "Hoje com a soja, milho e algodão melhor de preço, o arroz tá meio complicado. Mas o arroz veio pra ficar e ele entra bem na nossa rotação de culturas, principalmente, com o feijão, diminuindo as doenças de solo no feijão. Então, se a gente não ganha no arroz, ganhamos no feijão", diz.

Para Flávio, o trabalho da CATI é muito importante porque alguns materiais se destacam nos ensaios e, em um futuro próximo, poderão ser utilizados pelos rizicultores. "O arroz é uma cultura boa. Há uma certa dificuldade, mas hoje já tem pessoas investindo em secadores e na indústria do arroz parboilizado, que não havia na nossa região. Isso é um avanço e sinal de que podemos investir", comemora o rizicultor.

Fonte e fotos: Fernando Franco - CATI Regional Avaré

Legendas:

Foto1 - Geert Van Den Broek e Adriano Bussolaro, da AgroNorte
Foto2 - De Vechi e Yamanaka durante a reunião técnica sobre arroz

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